quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Das coisas que fiz e outras tantas que ficaram por fazer

Não comprei roupa de grávida especial. Apenas umas calças normais no tamanho mais largo e o resto teve de servir.
Não fomos passar nenhum fim-de-semana romântico, ou mini férias como dizem que o casal deve passar antes da criança vir ao mundo. Na verdade, não temos tempo para isso.
A construção da casa tirou-nos (principalmente a ele) toda e qualquer vontade de espairecer. E o dinheiro, claro está. Construir uma casa tem muito mais de angustiante que romântico. Além disso, os dias que tínhamos livres eram passados à volta dos projectos. Ainda passeamos por Coimbra, fomos algumas vezes ao cinema, jantamos fora, passeamos pelo Porto muitos sábados à tarde. Não esquecemos os amigos nem a família. Mas a maior parte das vezes repousamos os corpos cansados da semana no sofá de casa. O tempo, este tempo de Inverno que nos acompanha há muito, não permitiu grandes saídas. Dizem que o Inverno é bom para as grávidas. Ao menos isso. Não há cá inchaços e calor, isso realmente não há. Mas a vitamina D faltou. O Sol faltou. 
Não fiz nenhuma sessão de grávida. Tirei algumas fotografias em casa (ele tirou-me) e pouco mais. Tento registar tudo num Livro de Grávida que tenho, para que nada fique esquecido, principalmente nos dias das ecografias.
Não tive um único desejo. Apenas que a menina nasça bem, saudável. E isto já é um grande desejo, verdade?
 Estou na recta final e acho que fiz pouco. Acho que me centrei sempre no trabalho, no dia-a-dia corriqueiro, esquecendo-me que posso nunca mais viver este momento.
Talvez porque sou uma pessoa simples. Talvez porque tenha sido uma gravidez absolutamente normal desde o inicio, sem sustos nem ansiedades. Talvez porque não goste daquele show habitual que se cria à volta da grávida. Talvez porque goste de passar assim, despercebida ao mundo, somente saindo do casulo quando quero, onde quero, com quem quero.
 
 
 

Quase nas 36 semanas

As noites já não são as mesmas noites que tinha. O peso das 36 semanas de gravidez começa a sentir-se e eu começo a achar que está na altura de abrandar o ritmo.
As mãos (e braços, sei lá) ficam dormentes durante a noite. Acordo várias vezes, não para fazer xixi mas porque me sinto desconfortável na cama.
Dizem que é o corpo a preparar-nos para o que aí vem. Pois.
Depois de jantar volto a não aguentar estar muito tempo acordada. Bocejo 5.000 vezes até que me decido (o meu marido decide ;)) que talvez fosse melhor ir descansar.
Não tenho muito apetite, tal deve ser o aperto que o estômago está a levar.
Já não há quase nada que me sirva e por isso a roupa que escolho para vestir de manhã não foge muito do habitual. Não estou para comprar roupa nova a 2 ou 3 semanas de ser mãe.
Trabalho ainda esta semana e depois tudo abranda. Posso dedicar-me à casa, à mala da maternidade, a passar a roupinha dela a ferro, a fazer-lhe a cama, a tratar da limpeza (mandar limpar) da casa, a organizar tudo (conforme posso).
Às vezes a sensação é que passou tudo muito rápido. Outras vezes, talvez aquelas vezes em que estou de rastos, acho que ando nisto há muito tempo. E pensando bem, já. 36 semanas.
Não sei o que me espera. Não sei nem quero pensar nisso. Prefiro viver o presente, aproveitar estes últimos dias de grávida que, a juntar aos 3 primeiros meses, estão a ser os mais difíceis.
Sei que irá ser uma aventura daquelas. Cá te esperamos, Sofia.