quinta-feira, 8 de maio de 2014

Preservo a minha mãe num lugar de seu nome coração e protejo-a das redes sociais que não seguram as nossas quedas

O dia da mãe foi no domingo, mas só hoje falo sobre isso.
O dia de colocar fotos com as mães, fotos de nós dentro das suas barrigas foi no domingo, mas também não teria nenhuma para colocar, pois a primeira foto que tenho minha já teria quase 15 dias de vida.
O dia de agradecer a existência delas, de dizer que elas são o melhor do mundo, de afirmar que sem elas não somos ninguém, foi no domingo, mas eu não disse nem publiquei nada sobre o assunto.
Com isto não quero dizer que não ache a minha mãe o meu pilar. Acho. Mas, assim como uma casa, são precisos alguns pilares para a construir, e por isso é igualmente importante o pai, os irmãos, o marido, a esposa, os filhos e até os amigos. Para que a casa fique segura. Para que seja sólida e forte.
A minha mãe desconhece que por esta internet fora se fala, comenta, felicita, publica, instragrama-se tão vigorosamente este dia. Ainda bem para ela. A sério. Porque acho que as pessoas quase se sentem na obrigação de publicar alguma coisa sobre o tema. De agradecer. De partilhar sentimentos que deveriam ser para a nossa mãe e não para o resto do mundo. A mãe é uma pessoa demasiado importante para ser partilhada.
Apesar de me considerar romântica, algumas vezes lamechas, outras vezes melancólica, o certo é que guardo para mim estes sentimentos de filha.

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